Recentemente, li um estudo que foi realizado pela empresa americana comScore para o jornal The New York Times, no qual confirmei algo que já suspeitava: nunca foi possível ter tantas informações sobre os usuários de internet como agora. Graças à quantidade de dados obtidos por grandes portais, a pesquisa demonstrou que é possível conhecer quais os hábitos, gostos e tendências de consumo dos usuários e, pela primeira vez, estimar o volume dos dados transmitidos para as empresas.
De olho nisso, no Brasil, principalmente após o evento Proxxima 2008 – Encontro Internacional de Comunicação Digital - que ocorreu agora em março, muitas empresas demonstram o interesse em investir em publicidade online, pois toda essa captação de dados auxilia a criação de anúncios que foquem o "cliente certo" e aumentam as possibilidades de um bom retorno dos investimentos feitos.
Exemplo disso foi uma pesquisa realizada por uma grande empresa de cerveja, que constatou que muitos jovens de periferia não têm o hábito de assistir TV, mas aproveitam as oportunidades de navegar por sites como o Orkut e usarem ferramentas como o MSN. Após essa constatação, essa empresa dobrou seus investimentos nos anúncios online.
Mesmo com todas esses dados, é nítido que muitos executivos ainda não se sentem seguros em investir nessa mídia, por acharem que o modelo de negócio é indefinido e o retorno de seus investimentos poderão demorar a vir. De fato, muitos provedores possuem métricas imprecisas, mas já existem no mercado empresas especializadas, aptas a cuidarem da parte operacional dos anúncios online, também conhecidas como Ad Operations.
Considerando a tendência visível de que a publicidade online é o novo foco das empresas que querem de fato atingir seus públicos, o cliente que opta por esse investimento acaba tendo sim, um retorno efetivo. Para essa mídia decolar, é preciso apenas que as empresas conheçam e reconheçam a importância do setor operacional na publicidade online. Há a empresa que precisa divulgar seu produto e há o consumidor que necessita do produto oferecido por ela. É necessário, apenas, apostarmos no maior elo que existe entre os dois.
Artigo publicado em 19/03/2008
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