29 de agosto de 2008

Artigo: Internet, consumo e invasão de privacidade





28 de agosto de 2008 às 12h01
Por Ricardo Nery Braz

Estamos em um momento de nossas vidas virtuais no qual qualquer clique ou movimento pode valer muito dinheiro nas mídias digitais. Já há alguns anos escutamos que a Internet pode nos levar a um mundo sem privacidade. Será que isso já não acontece? Até que ponto a internet é uma mídia realmente invasiva e antiética? É possível usar isso a nosso favor?

Hoje, é possível saber todos os nossos movimentos na frente do computador. Isso tem gerado espanto em algumas pessoas e arrancado sorrisos na maioria dos que dependem de cliques para sobreviver. O que parece ser um novo Big Brother trás para esse último grupo, com certeza, muito retorno nos investimentos em mídia.

Num mundo onde os realities shows têm espaço em todos os veículos de comunicação, fica bem claro que o comportamento das pessoas está em foco. Mesmo acreditando que esses programas não retratam o nosso mundo concreto, por que não usar essa fórmula em usuários reais de Internet?

Não é maravilhoso saber de onde o usuário de seu site vem, ou aonde e porque ele deixou de se interessar pelo seu site ou produto? Pense no número de vendas casadas que poderão ser feitas com essas informações. Pense também quanto é importante saber que a maioria das pessoas que gosta de relógios, também adora vinhos.

Todas essas informações, se muito bem usadas, podem ser úteis para ambos os lados. Será bom, por exemplo, para os donos de portais, quando não têm mais inventários para uma determinada segmentação, saberem que na maioria das vezes o visitante dessa área do site navega para outra segmentação com pouca procura para anúncios. Como uma pessoa que está procurando um carro, ou trabalha nesse ramo, muitas vezes vai direto do canal de carros para o canal ligado à política ou economia.

Será bom para os anunciantes que não terão mais “medo” de investir e ainda terão a facilidade de saber como, onde e quando mudar uma segmentação para atingir seus targets. Será muito bom também para quem atualmente possa se sentir prejudicado ou invadido com toda essa tecnologia, que é ninguém mais que nosso maior e único cliente, o usuário. Sim, podemos dizer que a “falta de privacidade” pode ser útil para ele.

Como também faço parte do time de usuários, sinto-me bem atendido quando entro em um site de vendas online e vejo os produtos que sempre me interessam logo na primeira página. É como chegar a um shopping e encontrar as lojas e os produtos que mais me interessam logo no primeiro andar.

Não podemos deixar de falar no que tudo isso pode afetar o mundo das buscas, dominado atualmente pelo Google. Depois do “boom” do Web Analytics e do Adwords, muita dúvida foi gerada de como as informações seriam usadas. Prefiro não acreditar que sejam mal usadas na hora de uma cobrança feita num leilão não aberto, pois é muito fácil para os sites de busca saberem qual palavra está sendo mais buscada para o acesso ao site do anunciante.

Como admirador do grande “oráculo do novo mundo”, vejo o Google como o grande modelo de como a internet deverá se comportar, além de saber muito bem usar suas habilidades, ele também consegue transformá-las em algo muito rentável. Não só o Google, mas todos os outros grandes “players” desse mundo das buscas souberam implantar esse sistema de análise comportamental do usuário e isso se tornou uma prática muito comum entre os portais.

Ética é o que devemos sempre ter e exigir. Esse é o espírito. Extrair o melhor de uma oportunidade. Não apenas pensar que os grandes portais possam tomar conta da vida de seus usuários ou até se intrometer, e sim, saber usufruir dessa tecnologia que traz mais conforto e praticidade.

Para os atuantes nesse novo ramo do Marketing, ser transparente com o usuário mostrando que isso será para seu próprio conforto ao navegar é uma forma de mostrar a sua boa intenção e comprometimento com a ética, afinal o cliente satisfeito e bem atendido sempre volta.

*Ricardo Nery Braz é especialista de publicidade online e analista da DQ&A, multinacional holandesa especializada em Ad Operations. http://www.dqatraffic.com.br/

28 de agosto de 2008

Como cuidar da imagem corporativa na Internet





Nos últimos três anos, o número de brasileiros com acesso à internet dobrou, segundo levantamento do Ibope//NetRatings. Para o país, isso significa que os programas de inclusão digital realmente fizeram efeito. Em relação aos empresários, esse aumento representa maior visibilidade do conteúdo disponibilizado por suas empresas na Web e, conseqüentemente, mais pessoas com acesso a essas informações nos sites de pesquisa da internet. É nesse contexto que surge uma dúvida: até que ponto é possível ter controle da imagem pessoal e corporativa na internet perante milhões de usuários?

Imagem negativa
O primeiro passo para se ter um nome "limpo" na Web está relacionado ao corpo de funcionários. Muitos líderes afirmam que cada membro da equipe representa para o mercado um pedaço da empresa e toda vez que a reputação de alguém é comprometida, a organização também sofre com as conseqüências. Na internet isso não é diferente, ou seja, é preciso ficar atento ao comportamento de cada membro da companhia. Dentre os principais casos que comprometem o nome da empresa, a criação, por parte dos funcionários de comunidades ou blogs relacionados à organização é a pior circunstância, mas também existem casos de profissionais que postam fotos comprometedoras junto à marca da empresa em sites de relacionamento.

Clientes insatisfeitos
Os clientes insatisfeitos com os produtos ou serviços prestados pela empresa também podem trazer resultados catastróficos. Ao assistir uma palestra sobre imagem corporativa, um dos cases que foram apresentados foi o de um empresário americano que não deu o devido valor a um blog criado especialmente para publicar reclamações sobre a sua empresa e seus produtos. Esse homem imaginou que, por se tratar de um espaço para reclamações, todos os usuários que acessavam esse site tinham como intenção reclamar de algum serviço. O que ele não pensou é que clientes em potencial poderiam procurar nos sites de busca pelo nome da empresa e encontrar, entre os resultados, o blog de reclamações. Não durou muito tempo e esse infeliz empreendedor teve suas portas fechadas.

Mecanismos de busca
Os mecanismos de busca de sites como Windows Live Search, Google e Yahoo evoluíram muito nos últimos cinco anos. Hoje, esses portais relacionam os resultados por nome, relevância e até mesmo por semelhança. Essa associação facilita as buscas, mas, para quem é procurado nos sites, esses recursos apresentam uma abrangência muito grande, tornando muito comum encontrarmos a nossa marca associada com páginas de internet direcionados a outros setores ou até mesmo conteúdo pornográfico, o que seria desastroso para o empreendimento.

Boa reputação
Para escapar dessas e outras situações de risco na internet é preciso seguir algumas etapas básicas. Em primeiro lugar, da mesma forma que ocorre dentro da empresa, exija dos seus funcionários maior atenção em relação à imagem que passam de suas vidas particulares, sobretudo quando se trata de ações relacionadas a comunidades virtuais ou websites. O segundo passo é você mesmo desenvolver um blog ou um local voltado às reclamações dos clientes, para que eles possam se dirigir diretamente à empresa e não para todos na internet.

Por fim, localize nos mecanismos de busca em quais lugares sua empresa é citada, para que assim você possa adotar medidas com a intenção de remover essa colocação indesejada. Uma boa opção é entrar em cada local onde ocorre a citação e solicitar a remoção do nome. Mas, para quem não possui todo esse tempo disponível, já existem empresas especializadas no serviço de gestão da imagem na internet, ou seja, pagando um pouco mais, é possível ter uma imagem "limpa" na rede.

A imagem na internet é hoje um pilar muito importante para o crescimento das empresas. Por ela ser tão fundamental, é indispensável que os empresários sempre a explorem a seu favor. Isso significa que, se é para ter um nome na mídia digital, que ele esteja relacionado à qualidade, bons serviços e tecnologia, já que pequenos detalhes podem fazer muita diferença para os executivos e, de uma hora para outra, prejudicar muito a imagem organizacional.

27 de agosto de 2008

Copa Amika, evento realizado no dia 17/8/2008.

Nesse último domingo (17/08/2008) nosso colaborador Bruno Minervino foi campeão de uma etapa da Copa Amika, realizada pela própria Amika. Foram 14 corridas ao longo do domingo no kartódromo Granja Viana, onde Bruno se destacou e obteve a primeira colocação.

Bruno Minervino é manager de uma de nossas maiores contas hoje na DQ&A.


Parabéns Bruno!




Badaró, happy hour realizado no dia 8/8/2008.

No dia 8/8/2008 a DQ&A realizou um happy hour no restaurante Badaró(Shopping D&D) e foram convidados representantes da Microsoft Advertising (msn.com.br).Foi um evento descontraído, com muita comida e bebida à vontade, com o intuíto de manter estreito o excelente relacionamento entre as duas empresas e seus funcionários.

Confira as fotos abaixo:






15 de agosto de 2008

Seja criativo na hora de motivar seus funcionários com baixo custo



por Dominic de Souza*
15/08/2008

Técnicas de liderança servidora, bem implantadas, aumentam satisfação e produtividade
Após trabalhar com vendas por quase vinte anos, tornei-me especialista em treinar profissionais e gestores desse setor para atuarem de forma efetiva no mercado profissional. Além disso, para transmitir meu conhecimento aos dirigentes das empresas, passei a ministrar palestras como forma de orientá-los dentro desse mercado. Durante esses treinamentos, entre todas as dúvidas que surgiam sobre gestão de funcionários, constatei que uma era freqüente: Afinal, qual é o segredo para obter o melhor desempenho da equipe utilizando poucos recursos?

A prática motivacional ganha cada vez mais importância dentro das empresas no séc. XXI. Disputas entre equipes, premiações e ascensões profissionais são práticas cada vez mais utilizadas para incentivar a produtividade dos funcionários nas organizações. Há executivos que adotam a condição de gestores de performance para suas empresas e colocam em prática planos complexos com custos elevados para motivar a equipe, mas essas práticas exigem mais recursos financeiros e nem sempre são eficazes para aumentar a produtividade. Além disso, o que boa parte dos empresários não sabe é que existem formas simples para gerir a motivação dentro do grupo e manter o time integrado. Uma idéia interessante é apostar no talento de seus próprios funcionários dentro ou fora da empresa, ou seja, investir no hobby de cada um ou em algo que dê a eles prazer em ser feito.

Um exemplo de uma execução bem sucedida dessa idéia é o gerente de operações da DQ&A, Bruno Minervino, que tem como hobby competir em campeonatos de Kart. Ao perceber que Bruno voltava das corridas com as energias renovadas, mostrando uma motivação fora do comum, concluí que poderia utilizar esse seu hobby como uma forma íntegra de motivá-lo, pessoal e profissionalmente. Assim, ao invés de continuar a tentar incentivá-lo com prêmios como viagens e produtos pessoais - que muitas vezes não eram de seu interesse - passei a investir no que dava ao nosso gerente um prazer pleno: o Kart.

O sucesso desse projeto surpreendeu todos da equipe, inclusive a mim. Após essa ação bem sucedida, implementei a mesma receita com o restante da equipe e atribuí projetos individuais, de acordo com a especialidade de cada profissional. Além do patrocínio das corridas de Kart, implantei outras idéias de baixo custo na empresa, como a criação de mini-projetos que envolvem ações que vão desde a decoração do novo escritório, realizada por todo o grupo, à escolha - por parte da equipe - de uma escola de idiomas para estudarem outras línguas. Como reflexo disso, os funcionários desenvolveram outras idéias, como a montagem das apresentações promovidas pela empresa e até eventos de finais de semana, sempre com o objetivo maior de promover a união e o melhor desempenho do equipe no ambiente de trabalho.

Com esses projetos, minha intenção era implantar ao máximo o conceito de liderança servidora, ou seja, atribuir a cada membro da equipe uma responsabilidade fora da sua rotina de trabalho, o que por sua vez reflete em um sentimento de satisfação pelo fato do funcionário sentir-se parte da empresa. Com isso, além de funcionários mais motivados, tive uma surpresa no fim do mês, quando a produtividade teve um aumento significativo e os gastos com a equipe foram reduzidos abaixo dos valores esperados, pois além de manter minha equipe unida, a empresa pode ser conhecida como uma organização que investe em esporte e em lazer.

As técnicas de liderança servidora, quando bem implantadas, não só aumentam a satisfação e produtividade dos funcionários, como também trazem grandes benefícios diretos para a empresa. Um bom exemplo ocorre quando eu envio profissionais da área de operacionalização para representar a empresa em eventos ou reuniões de negócios. O ato de delegar essa responsabilidade nas mãos desses funcionários já os deixa confiantes. Já para a empresa, os resultados são tão positivos quanto para esses membros da equipe, pois com mais representantes no mercado a nossa marca pode ser disseminada com maior abrangência.

Fui considerado pela matriz da minha empresa o profissional certo para motivar a equipe, porém acredito que esse papel pode e deve ser exercido pelo funcionário mais capacitado, sendo ele gestor ou não. Basta apenas conhecer muito bem o grupo. Motivar a equipe vai além de presentear os funcionários; é uma técnica que deve ser implantada por um profissional experiente no ramo e focado no projeto certo. Afinal, na hora de manter a equipe unida e empenhada com o trabalho em grupo, gastar muito nem sempre é a melhor solução.

*Dominic de Souza é Country Manager da DQ&A